CALEB
O dia já começou daquele jeito que eu não queria: despertador tocando, eu tentando achar força pra levantar, e a Pamela aninhada em mim como se fosse a minha fonte de calma. Cara… a mulher dorme tão tranquila que dá vontade de ligar lá no escritório e falar “gente, hoje não vai dar, tenho uma deusa aqui abraçada em mim”.
Mas né… vida real chama.
Me arrastei pra fora da cama, dei um beijo no ombro dela — que nem se mexeu — e fui me trocar. Quando tô com a cabeça cheia, só o cheiro dela me acalma, então fiquei uns segundos ali parado respirando fundo, antes de realmente ir embora.
A mansão tava quieta, o sol ainda nem tinha acordado direito. Vi a babá com uma das crianças no colo, a outra dormindo no bercinho portátil ali na sala. Me deu aquele soco de orgulho no peito. Minha família. Meus filhos. E a Pamela… meu deus, a Pamela.
Peguei minhas coisas, falei baixo que já voltava, e fui pro carro. O motorista dirigia e eu ali, meio dormindo, meio pensando no tanto de reunião que ia t