Pamela
A noite foi longa. Não uma daquelas noites desesperadoras, mas uma daquelas que deixam a gente com o cérebro ligado no máximo, mesmo morrendo de sono.
Eu fiquei no sofá com a Isabela no colo, e Caleb ficou do lado, com uma coberta cobrindo nós dois como se aquilo fosse suficiente pra proteger a casa inteira.
A febre dela tinha baixado um pouco, mas não do jeito que eu esperava.
Ela continuava quentinha, meio molinha, e fazia aquele som baixinho quando respirava mais rápido. Isso me deixava arrepiada.
— Se você quiser, eu fico com ela agora — Caleb murmurou, passando a mão nas pernas dela.
— Eu tô bem — respondi, mesmo sabendo que eu parecia uma alma penando.
Ele me olhou com aquela sobrancelha levantada, mas não insistiu.
A gente aprendeu a não brigar por cuidado. Aqui o amor é dividido meio-a-meio.
Ficamos assim até quase três da manhã, quando a Belinha deu um chorinho mais forte. Eu levantei devagar, tentando não acordar o Lucas, que continuava dormindo como um anjinho, do je