— Ele está na ala de observação.
Pamela
Eu devo ter quebrado todos os sinais vermelhos da cidade até chegar no hospital. Meu coração parecia um tambor dentro do peito, tão forte que eu mal conseguia respirar. Meus dedos tremiam no volante, e eu estava tão no automático que nem lembro como estacionei o carro. Só lembro da porta batendo e da minha corrida desajeitada pela calçada, tropeçando no próprio pé, com a sensação de que eu ia desmaiar a qualquer segundo.
Três dias.
Três dias sem o Caleb.
Três dias ouvindo a voz dele pelo telefone só por alguns segundos.
Três dias sem dormir direito, sem comer, sem pensar em outra coisa além de:
e se ele não voltar?
Mas ele voltou. Encontraram ele.
E agora eu estava indo até ele.
Entrei no hospital com o peito rasgando de ansiedade. O cheiro de álcool, o barulho de passos, o apito de máquinas... tudo me acertou de uma vez, como se eu tivesse sido jogada contra uma parede invisível. Eu não conseguia parar de olhar pros lados, procurando alguém, qualquer pessoa, pra me dizer: “Ele