Pamela
Saímos do tribunal e, pela primeira vez em dias, senti como se tivesse tirado um peso enorme das costas. A audiência tinha sido longa, cheia de falas atravessadas da Márcia, mas Caleb, como sempre, manteve a postura. Não havia espaço para dúvidas: ele estava decidido a me defender até o fim. Essa era uma das coisas que eu mais amava nele — a forma como ele fazia questão de deixar claro, para todos, que eu não estava sozinha.
Quando entramos no carro, ele segurou a minha mão no meio do caminho e entrelaçou os dedos nos meus. Um gesto simples, mas que me encheu de segurança. O motorista nos levou direto para o escritório, porque Caleb precisava resolver umas pendências urgentes. Eu, sinceramente, só queria chegar em casa, tirar os sapatos de salto e tomar um banho quente, mas aceitei acompanhá-lo. Afinal, éramos uma dupla em tudo, até mesmo nas horas chatas.
O prédio da Belmont Corporation parecia ainda mais imponente depois de um dia como aquele. As portas de vidro giratórias re