Caleb
Quando o médico disse que a Pamela estava estável, eu senti as pernas falharem. Não era alívio total, era aquele tipo de descanso que vem misturado com medo, sabe? O corpo relaxa, mas o coração continua socando o peito como se tivesse um cronômetro ligado.
Ela tinha sobrevivido à cirurgia, mas… hemorragia. Essa palavra ficou martelando na minha cabeça, repetindo sem parar. Eu só conseguia pensar no tanto de sangue que ela tinha perdido, no quanto o corpo dela já devia estar fraco.
Os bebês estavam bem — pelo menos era o que o médico dizia. Mas quando ele explicou que estavam nas incubadoras, que ainda precisavam de ajuda pra respirar, meu mundo desabou um pouco mais.
Eles nasceram, mas não podiam respirar sozinhos.
Meus filhos… e eu não podia fazer nada.
Fiquei ali, parado no corredor, sem saber se chorava, se gritava ou se agradecia por eles estarem vivos. A minha mãe colocou a mão no meu ombro e disse algo, mas eu juro que não ouvi. Só vi a boca dela se mexendo. Eu estava em o