Assim que entrou no quarto de Dalila, Joana só viu a irmã sentada penteado seus cabelos.
Após um breve espanto, Dalila sorriu com falsidade, empurrando com o pé a sacola com as roupas e peruca que retirou assim que atravessou a porta da varanda.
— Porque não arrumou minhas coisas? — Disfarçou arrumando o cabelo desgrenhado pelas horas nos braços de Maximiliano.
— Esqueci das roupas após um homem entrar no quarto a sua procura — Joana respondeu encarando a irmã com fúria. — O que levou esse bandido a te procurar, Dalila?
Segurando a vontade de expulsar Joana de seu quarto, Dalila continuou a mirar o próprio reflexo sem dar à mínima importância a irmã.
— É só um vendedor de peixe deslumbrado pela minha beleza — disse confiante e com um largo sorriso. — Um pobre coitado sem importância
— Não sou idiota — Joana a interrompeu tentando a muito custo manter o tom baixo. — O que faria um vendedor de peixe te procurar em seu quarto? — Questionou irritada pela clara mentira de Dalila.
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