Acostumado com agressões surpresa, Maximiliano tinha o sono leve. Ao ouvir passos se aproximarem de sua casa, despertou de imediato e com a arma em punho foi para a porta. Abriu e apontou para a pessoa que se aproximava na escuridão. Seu movimento instintivo, porém calculado em anos de cuidado com sua segurança, era suficiente para surpreender quem quer que fosse.
— Maximiliano... Sou eu, Dalila.
Reconhecendo a voz da amante, abaixou a arma e abriu espaço para ela entrar.
— Como sempre, rápido e atento como um felino — ela murmurou com um sorriso.
Não era a primeira vez que algo assim ocorria quando aparecia no meio da noite e torcia para não ser a última. Achava atraente o perigo que rodeava o Gonzalez.
— Preciso ser — Maximiliano retrucou lhe acariciando a face.
Aproximou seu corpo ao dele e acariciou o peito nu do amante.
— Vim mais cedo mais não te encontrei.
— Estava arrumando o Diablo para a viagem que farei depois de amanhã — contou fechando a porta.
— Beije-me que já e