Tendo adiado a partida para a cidade depois do almoço, antecipando que ficariam longe da fazenda o restante do dia, Adriano passou rapidamente pelo campo para verificar como andavam os trabalhos.
Ao voltar a entrar no quarto de casal não se surpreendeu com o que encontrou. As cortinas e as janelas estavam abertas, deixando passar o frescor da manhã, mas nada disso moveu sua mulher do leito. Continuava encolhida debaixo das cobertas.
— Como se sente? — Adriano perguntou ao sentar ao lado dela na cama.
— Igual — Dalila murmurou tristonha.
Com a ponta do polegar, Adriano acariciou as olheiras escuras nos olhos inchados de sua esposa, deslizando-o pelo rastro molhado que seguia até a bochecha pálida.
— Tem estado chorando.
— Não consigo esquecer o horror que passei...
— Prometo que ele nunca mais se aproximará de você. — Abraçou a esposa, acalentando seu corpo.
Embora Maximiliano carregasse a maior parcela de culpa, tinha sido ele que possibilitou o ataque sofrido por Dalila. Talve