Sem encontrar a paz para suas aflições nas orações, Joana ainda teve de lidar com esbarrar nos pais ao sair da igreja.
— Ah, a pequena burra da família! — Iago bradou fazendo as poucas pessoas no local olharem para eles. — A desonra da minha casa!
— Iago, por favor! — Carmem murmurou olhando tensa a sua volta.
Por algum motivo desconhecido o marido, que sempre evitou a igreja, naquele dia, após quase quebrar a casa toda, saiu apressado dizendo que lavaria os pecados da família. Carmem não fazia ideia do que isso significava, mas com medo do que aconteceria o seguiu para fora de casa e atravessou correndo os poucos metros até o local logo atrás dele.
Ao notar Joana andando devagar para fora da igreja supôs que o marido viu a filha pela janela, de onde tinham uma vista perfeita do interior da igreja, e isso motivou o estranho desejo.
— Sabia que encontraria essa perdida aqui.
Percebendo que o pai estava ébrio demais para lembrar um trecho de oração, Joana imaginou que ele não estav