Sentindo-me entediada pelas constantes demonstrações de amor entre Alexander e Arlette, decido me levantar da mesa e ir para o meu quarto.
—Maninha, já está satisfeita? Mas você nem tocou no seu prato —disse Arlette, me lançando um sorriso sarcástico sem que ninguém percebesse. Lancei-lhe um olhar rápido e decidi ignorá-la.
—Deixe-a, querida, não se preocupe com ela. Você sabe que sua irmã é uma ingrata —ouvi meu pai dizer, e apertei as mãos em punhos, sentindo as unhas cravarem na palma. Não dei atenção e subi rapidamente as escadas até meu quarto, fechando a porta atrás de mim.
Mas ela se abriu imediatamente, e Arlette entrou no meu quarto.
—O que está fazendo? Cai fora. A última coisa que quero agora é lidar com você —disse, furiosa.
—Sinto muito, vadia, mas você vai ter que me ouvir, querendo ou não —respondeu, com o rosto completamente livre da doçura habitual.
—O que foi? Resolveu finalmente mostrar as garras? O que aconteceu com o rostinho angelical de antes? —perguntei, zomban