O silêncio se espalhou entre eles como uma névoa densa. Aslin sentiu seu coração retumbar no peito enquanto processava as palavras de Edrien. Irmão. A revelação a deixou sem fôlego, mas ela não teve tempo de assimilá-la quando ele voltou a falar.
— Sei que isso deve parecer inacreditável e que há muitas coisas que você ainda não compreende —disse Edrien com um tom sereno—. Mas quero que saiba que lamento profundamente. Eu não sabia o que meus homens estavam fazendo. Se soubesse que a mantinham prisioneira, jamais teria permitido. Descobri tarde... mas quando descobri, garanti que pagassem por isso.
Carttal, ainda em alerta, franziu o cenho.
— O que quer dizer com “pagaram”? —perguntou desconfiado.
Edrien virou-se para ele com uma expressão séria.
— Eu os castiguei da única forma que se paga uma traição —disse friamente—. Eles não representam mais ameaça, nem para vocês, nem para ninguém.
Aslin observou seu rosto, buscando sinais de mentira, mas tudo o que encontrou foi sinceridade. Ai