As horas que se seguiram foram um turbilhão de dor, desespero e medo. O corpo de Aslin se contraía a cada contração, cada onda de dor rasgava seu interior. O tempo perdeu o sentido enquanto ela lutava para respirar, resistindo ao parto que parecia não querer acabar.
Carttal nunca se afastou dela. Ele segurava sua mão com força, murmurando palavras de encorajamento, assegurando que tudo ficaria bem — embora por dentro estivesse igualmente aterrorizado. Ethan e Kael fizeram o possível para preparar o quarto improvisado: descontaminaram o ambiente, trouxeram água quente e toalhas. Mas nada suavizava a brutalidade do momento.
— Você precisa empurrar, Aslin — disse Ethan com urgência.
Aslin negou, o suor escorrendo pela testa e os lábios tremendo de exaustão.
— Não consigo… — ofegou —. Não aguento mais…
Carttal segurou seu rosto com ambas as mãos, forçando-a a encará-lo.
— Você consegue — sua voz era firme, porém envolta numa ternura rara —. Aslin, me escuta. Só mais um pouco, ok? Você est