6. Mudanças
Após o soco que levou, meu pai se afastou desnorteado, então Henry se aproximou rapidamente.
— Mel, você está bem?
— Quem são esses selvagens? Eu vou chamar a polícia! — Minha madrasta berrou. — Socorro, a minha casa foi invadida, socorro!
— Vem, Mel! — Ele me ergueu do chão.
— Quem é você, seu moleque? O que pensa que está fazendo? — Meu pai balbuciou com a boca sangrando.
— Polícia, socorro! — A louca da Roberta ainda gritava.
Então Leonardo também me apoiou e ambos me arrastaram até o carro.
Me joguei no banco de trás, chorando dolorosamente, enquanto Henry arrancava com a BMW, e Leo me olhava preocupado.
— Caramba, a situação é pior do que pensei. — Ele comentou, atordoado. — O que vamos fazer agora?
— Comprar um remédio para ela.
Henry falou ainda sério e, enquanto eu me debulhava em lágrimas, parou numa farmácia. Na sequência, voltamos para o apartamento, então ele me deitou suavemente na cama, me acariciando na cabeça.
— Não se preocupe, você não precisa de nada que venha