Samanta narrando
Eu desço do carro e entro pela porta, Mateus me encara.
— Eu achei que não iria aparecer aqui em menos de uma semana – eu me sento na sua frente e abro uma garrafa de bebida – você acha que os seus problemas vão desaparecer após a bebida?
— Não vão desaparecer, infelizmente – eu respondo – eu fui conversar com Rafael.
— E? – ele pergunta
— Eu lembro muito bem quem acendeu o fogo naquele galpão – eu olho para ele
— Samanta – ele fala
— Dói muito Mateus – eu falo chorando
— Eu sei que doi – ele fala – mas, para que remoer isso anos depois?
— Eu tenho pesadelo com aquela noite todos os dias – eu olho para ele – a minha vida toda.
— Porque todos sempre te alimentaram aquela noite na sua cabeça – ele fala – me tira daqui, eu te ajudo.
— Não – eu respondo – você vai estragar tudo.
— E vai me manter aqui? – ele pergunta – Vai manter com Rafael na sua cabeça, eu iria matar ele e você não deixou.
— Ele não me manipula mais, eu disse a ele, eu ameacei ele.
— Rafael é perigoso