Deslizando as mãos pelo vestido simples que usava, caminhou até o portão com passos hesitantes, parando próximo o suficiente para conversarem, mas sem intenção de abri-lo.
— Posso ajudá-la? — perguntou, tentando soar neutra e não transparecer seu nervosismo.
Simone Muller ergueu o rosto com um sorriso calculado, os olhos azuis analisando cada detalhe de Tábata através das grades do portão.
— Boa tarde, Tábata. — Sua voz era doce, porém, carregando um tom que fazia Tábata se sentir pequena. — Posso entrar?
— Guilherne está no trabalho — indicou, imaginando que a outra estava à procura dele.
Simone inclinou levemente a cabeça.
— Eu sei. Trabalhamos no mesmo escritório — disse com um ar casual, mas seus olhos cintilaram ao identificar a surpresa no rosto d