Sérgio se recusou a representar a empresa de Eduardo e avisou Marcos, sem explicar o motivo. Isso deixou o sócio desconfiado — o negócio estava praticamente fechado. No caminho para casa, Sérgio pensava em como explicar. Tinha prometido cuidar de Abigail, mas falhara. E havia outro incômodo: naquela manhã, ela chorou bastante ao acordar, chegou a pensar que fosse arrependimento, mas era medo — medo de que ele voltasse a tratá-la friamente. Por isso, prometeu a ela tentar fazer dar certo, fosse o que fosse aquilo entre eles. Mas como fazer isso sem que Marcos desconfiasse?
Assim que chegaram, Marcos o impediu de sair e o chamou para o escritório.
— Me explica o que aconteceu — disse, fechando a porta. — Algo me diz que isso é mais pessoal do que profissional.
— É pessoal, mas não só pra mim — respondeu Sérgio. — Eduardo foi inconveniente com a Abigail.
— Como assim?
— Primeiro insinuou que ela era uma acompanhante e eu o repreendi. No dia seguinte, depois da reunião, ele a abordou na sa