Abigail passou os dias seguintes trancada em casa. Marcos proibiu que ela voltasse ao escritório, e Sérgio concordou. Segundo eles, ela precisava descansar. Abigail até tentava demonstrar que estava bem, mas no fundo sabia que não estava. Alex podia sair da prisão a qualquer momento, e Regina apenas prestara depoimento e já estava solta. Por isso, todos estavam em alerta: seguranças rondavam a casa, o número do celular de Abigail foi trocado e Marcos sequer compareceu ao casamento que aconteceria naquele fim de semana, Sérgio quem foi representando o escritório.
Essa paralisação da vida dos outros por causa dela a fazia se sentir ainda mais culpada. Desde que chegara, só causara problemas. E agora, além do risco de vida, seu pai estava trabalhando de casa apenas para protegê-la.
— Pode entrar — Abigail disse ao ouvir batidas na porta do quarto.
— Oi, filha — Marcos entrou com o rosto tenso. — Está tudo bem?
— Sim — ela respondeu, forçando um sorriso.
Ele se sentou ao lado dela na cama,