Alejandro observou sua mãe com surpresa, a intensidade de suas palavras o fez lembrar por que Esmeralda Valente era uma figura tão imponente em sua vida. Apesar dos anos, a ferocidade com a qual ela defendia sua família continuava intacta, algo que, por vezes, o maravilhava e o aterrorizava na mesma medida.

«Mãe, eu não acho que seja necessário que a senhora se envolva dessa maneira», Alejandro tentou a dissuadir, embora uma parte dele soubesse que resistir à vontade de sua mãe era tão eficaz como tentar deter um furacão com um guarda-chuva.

Esmeralda o olhou com uma mistura de carinho e determinação, aquele olhar que o fazia se sentir como se ele ainda tivesse dez anos e tivesse quebrado um de seus vasos favoritos.

«Alejandro, não subestime essa mulher», ela respondeu com uma voz firme, enquanto acariciava o cabelo de Anaís que descansava em seu colo. «Se ela está decidida a recuperar sua filha, ela não vai parar diante de nada. E se alguém vai a enfrentar, serei eu.»

Alejandro suspi