Meridian Water
O Ar á minha volta estava carregado, como se sombras pesassem sobre os meus ombros. Tudo parecia alto demais e eu me sentia sufocada dentro daquele quarto somente com a janela para me dar um pouco de ar livre.
O som de folhas secas sendo esmagas sob botas ressoava em meus ouvidos, tinha criaturas passeando pela floresta, nada naquele lugar me deixava confortável. Eu me sentia uma intrusa, o cheiro da terra úmida, o som dos riachos distantes e os uivos ocasionais – tudo me trazia uma sensação de desconforto...
O som da porta abrindo me despertou atenção, e então ele apareceu me fazendo estreitar os olhos. O que ele fazia ali?
“Oi...” Sua voz saiu baixa e saudosa, seus olhos azuis brilhavam.
Eu não respondi. Ele parou a alguns metros de mim, o maxilar travado, suas mãos dentro dos bolsos, imaginei que em punho cerrado. Como se tentasse conter algo que fervilhava dentro de si. Sua presença era tão sufocante quanto