O céu da noite seguinte parecia mais escuro que o habitual, como se o próprio universo se preparasse para testemunhar algo raro. A aldeia, ainda em reconstrução, silenciava-se com reverência. Os anciões haviam sido avisados. As matilhas, convocadas. Todos sabiam o significado daquele momento: o ritual do pacto diante da Mãe da Noite, um evento que não era visto há gerações.
Lysandra caminhava ao lado de Aric, ambos vestidos com trajes cerimoniais tecidos com fios de prata, folhas de mirtilo e penas de corvo. Seus corpos haviam sido ungidos com óleos de raiz de visco e sal das cavernas lunares. Cada gesto, cada toque, cada ornamento carregava um simbolismo ancestral. Não era apenas uma união entre dois guerreiros. Era o renascimento de uma linhagem.
— Está nervosa? — Aric perguntou em voz baixa, enquanto subiam o caminho de pedras que levava ao altar sagrado, entre as árvores altas da floresta antiga.
— Um pouco — admitiu ela, segurando sua mão. — Mas também estou pronta. Nunca me sent