Marlon

Dentro da boca eu fumo meu baseado, vendo os traçantes rasgando o céu escuro. Várias horas de confronto já. Os cria rodeiam ao meu lado, atentos por todo canto. Esse comédia, filho da puta armou tudo certinho pra tentar me derrubar. Me deixando no escuro, sem saber quem corre ou não comigo.

O coração tá a mil. A mente na atividade, escaldado por todo lado. Minha mente vai na minha filha que está na responsa da Dadá. Mandei uma mensagem pra ela, mandando ela se manter na responsa da casa dela mermo, qualquer coisa é pra ela levar ela pro meu barraco em Santa Teresa.

Daleste e mais de cinquenta vagabundos estão na minha escolta. Enquanto estou aqui na boca, os cria que estão trocando lá fora, passam a informação pelo radinho. Pego o meu, olhando pra todos que estão na sala e dou o papo.

— Acharam o Gato preto? _ Pergunto olhando pra geral e eles entre olham, negando com a cabeça.

Daleste — Eu tentei ligar pra ele, mas ele não atendeu… Mineiro também sumiu. Tô chama