Ela parou na frente dele, de braços cruzados
- Não é nada disso Ramiro!
Ele foi desviando para ir na direção da piscina, com deboche
- Ah não Otávia? Então me leva lá, conhecer os seus amigos!
- Melhorou bem da virose, da dor de cabeça e de dente.
Ela o segurou pelo braço
- Está bêbado? O que quer?
Ele parou de costas para os outros e de frente para ela
- Não bebi nada, antes de falar o que eu vim fazer, queria te perguntar o mesmo.
- O que quer?
Ela levantou os ombros emotiva
- Nada. Só vai embora e amanhã, quando todo mundo for embora, se quiser a gente conversa.
Ele foi chegando mais perto
- Não! Quero conversar agora.
- Se não me falar, porque está tão diferente comigo, vou pensar sozinho.
Pegou no cabelo dela, ia acariciar o rosto, ela se esquivou
- Pode falar, estou ouvindo.
Ele tirou o chapéu, colocou nela
- Acho que está com medo, de como as coisas podem ficar, entre nós.
- Porque desde que soube da verdade, das minhas condições financeiras.