Quando a porta atrás de nós se fechou, foi como se, assim como tudo naquele lugar, obedecesse ao seu dono. Senti um frio na barriga e o corpo estremecer-se levemente.
O quarto era grande demais para duas pessoas e ainda assim o ar pareceu rarefeito quando ficamos sozinhos. O abajur aceso criava uma sombra que parecia conectar todo o lugar. E eu tinha a impressão de que até ela obedecia Zadock. Tudo ali era treinado para ficar no lugar. Inclusive eu, que não conseguia mover os pés.
— Vista a roupa que está esperando por você no banheiro. — Ele disse, de forma seca.
— E se eu disser não? — perguntei, como se enfrentá-lo fosse minha única maneira de sobreviver.
Ele tirou o paletó, pousando-o com precisão milimétrica sobre uma poltrona.
— Você pode dizer o que quiser, Derringer. Mas já sabe que