O corpulento Severino se encostou à porta.
- Srta. Lívia, se sair agora, estará me desrespeitando.
Severino foi direto, seu olhar tornando Lívia desconfortável, como se estivesse sendo incomodada por insetos.
Ela se afastou ligeiramente, sorrindo constrangida.
- Presidente Severino, realmente preciso ir ao banheiro.
Ele aproveitou a oportunidade, entregando o copo e tocando levemente na mão dela, causando desconforto em Lívia, que ansiava por se lavar.
Contudo, Severino não pretendia a deixar partir.
- Lívia, serei franco. Estou disposto a investir no seu estúdio, mas Severino não investe em qualquer um. Se deseja meu dinheiro, precisa se comportar.
Ele piscou os olhos, retirou um cartão magnético e o colocou sobre a mesa, deixando suas intenções bem claras.
Mas Lívia subestimou claramente a repugnância que ele poderia gerar.
- Desde que concorde, estarei ao seu lado a partir de agora. Onde quer que vá, todos saberão que é minha.
Em outras palavras, ela deveria ser a amante dele.