Já deitada Beatriz cobriu-se com o edredom que havia no quarto. Antony deitou ao seu lado, retraído. Enquanto ela virou de costas, ele ficou olhando para o telhado. No quarto, na casa e nas redondezas, havia um silêncio tão absoluto, que dava para ouvir até a respiração dos jovens. O vento entrou pelas brechas das janelas, e causou um ar muito frio dentro do quarto, que fez até Beatriz que estava coberta, estremecer, Antony encolheu-se para tentar amenizar o frio que estava sentindo. A jovem não virou-se, mas sabia que ele estava congelando, então sem dizer nada ela jogou um pedaço do cobertor para ele.
— Não precisa! Disse ele devolvendo a coberta.
— Não seja bobo! Está muito frio aqui! Retrucou ela, jogando novamente a coberta por cima dele.
Com a divisão de cobertor, sem querer ela tocou seu pé no dele.
— Caraca! Seus pés estão muito gelados!
— Sou muito friento. Respondeu ele.
— Deveria ter pedido outro lençol.
— Dona Tonha preparou todo o quarto. Ela sabe que os casais dormem jun