Erick, entende que para Eduarda não havia outra mãe, ela não contradisse o que foi dito por ele, mas ao perguntar por Paulina, deixou claro em que acreditava, Paulina era a sua única mãe. Eduarda era apenas uma criança, mas suas poucas lembranças de quando menor, a faziam não querer se aproximar daquela que a gerou, em seu coração havia o temor de que ela a afastasse daquela a quem amava como mãe, sua encantadora babá., que lhe deu amor, atenção e proteção. Erick sabia que precisava ser cauteloso com as palavras, era um assunto delicado, mas necessário. A medida que ele tomou antes, quanso Sofia quis exigir se infiltrar em sua casa com a desculpa de ser pela filha, foi para o bem de Eduarda, por saber que em nenhum momento ela estava pensando na filha, e sim em infernizar a vida daquela que lhe roubou o lugar de mãe, como Sofia argumentava, sem se dar o trabalho de analisar o seu comportamento com a filha durante o tempo que viveram juntas. Qualquer mãe que amasse o seu filho, iri
Paulina ao ouvir o motivo da ligação de Sandra fica apreensiva, com medo de terem revelado a situação de Sofia para Eduarda, tarde demais. — O que está acontecendo? Por que Sandra nos ligou a essa hora? Não vai me dizer que Sofia...— Erick atropela nas palavras, querendo saber o que havia acontecido, ele só conseguia pensar em Eduarda. — Sofia teve o quadro agravado e voltou para a UTI, e Sandra me disse que não sabe se ela vai resistir. — Meu Deus, até morrendo essa mulher nos tira a paz... — Erick, por favor, não diga uma coisa dessa — Paulina recrimina o marido. — Me desculpe, amor, mas confesso que é difícil lidar com toda essa situação. — Eu sei, mas precisamos manter a calma. Eduarda precisa do nosso apoio, pois, independente de qualquer coisa, Sofia é a mãe dela, mesmo que nunca tenha agido como mãe, ela é. — Aquilo ali nunca foi mãe, não é porque está morrendo que eu vou dizer que é santa, nem o meu irmão quando morreu eu disse isso — Erick passa as mãos pelos cabelos
Paulina não sabia se Gonçalo estava falando sério as vezes ela acreditava que Gonçalo fosse capaz de certas atrocidades por acreditar estar fazendo o certo, mas ela nunca soube que ele tivesse feito tal coisa, e mesmo ela acreditando que ele fosse capaz ela duvidava de tal atitude. — Gonçalo, você não teria coragem. — Eu estou brincando, Paulina — Ele acaba rindo — Quando voltar, me avise, vamos reunir os nossos filhos, quem sabe Arthur não seja o futuro marido de Eleonora. — Aceito o convite, mas nem invente de comprometer a sua filha com o meu filho pois, se forem como nós, já sabemos o resultado. — As vezes a minha filha será um pouco diferente de mim, digamos que mais esperta do que eu fui. — Melhor não voltarmos a esse assunto, isso é passado, e desde já obrigada por nos ajudar, só não esquece de me mandar o contato, queremos viajar amanhã bem cedo. — Pode ligar a qualquer hora para o número que eu irei te enviar, avisarei que o jatinho estará a sua disposição. Ao ence
Eduarda senta ao lado da mãe na cama e em seguida se deita com a cabeça em seu colo, isso para receber o carinho que Paulina nunca lhe negava. — Vovó está muito triste, eu sei que está. — Eduarda comenta como se para ela mesma. — Sim, ela está. Filha, a sua avó lhe falava sobre Sofia? — Paulina pergunta com a curiosidade de saber o que Ecuarda sabia sobre a mãe. — Não muito, mas depois de toda a confusão que ela criou ao vir aqui na Itália, vovó deixou de me falar dela . — Sua mãe apesar de tudo, se preocupava em ter alguém para cuidar de você, por isso, não sinta raiva dela. — Eu não sinto mamãe, eu só não gosto dela porque ela não gosta de mim. — Talvez por ela gostar de você é que se mantém distante — Paulina só queria que a filha não nutrisse mágoas ou rancor por alguém. — Como assim mamãe? — Eduarda pergunta por não entender o que a mãe está querendo dizer,. — As vezes quando gostamos muito de alguém e não querer lhes causar nenhum mal, a gente se mantém longe, isso, p
Sandra fica na duvida por não quer dar mais trabalho do que estava dando para o casal, ela não podia ser mais grata à Erick e Paulina, pois em nenhum momento eles a olhavam diferente por ela ser a mãe de Sofia, a mulher que estava colocando a vida deles de pernas para o ar. — Ela quer ficar com vocês, está com saudade e é compreensível — Paulina intervém, por ver o semblante da criança ao ouvir que ela não poderia ir com os pais. — Se não for incomodar vocês depois, a levaremos conosco. — Dê maneira nenhuma, Sandra. Não nos custará nada pegá-la depois. — Eu agradeço a vocês de coração, por tudo o que estão fazendo por mim, e por estarem ajudando Sofia, mesmo sem ela merecer. Sei que vocês serão recompensados um dia, eu provavelmente não conseguirei recompensa-los, mas creio que a recompensa virá lá de cima. — Vamos Sandra, já está ficando tarde — Marcos chama a esposa. — Vá filha, pegar as suas coisas. — Já volto mamãe — Geovanna responde animada — Vem Eduarda me ajudar — As
No meio da noite, Paulina escuta uma batida na porta e se assusta, e ao abrir a porta se depara com Eduarda chorando. Quando Paulina vê a filha chorando daquele jeito, se abaixa e a abraça, a confortando de não se sabe o que. — O que foi, meu amorzinho? Por que está chorando desse jeito? — A abelhinha... mamãe. A abelhinha é a minha outra mamãe, não é? Ela morreu? — Eduarda pergunta entre soluços e Paulina enxuga o seu rosto com carinho, mesmo que ela estivesse com vontade de fazer o mesmo por vê-la naquele estado. — Vem cá, meu amorzinho — Paulina a abraça e a conduz para dentro do quarto em seguida. Ao fechar a porta ela vê Erick acordado, sentado na cama. — Papai... — Eduarda corre até ele e Erick se levanta e a pega no colo, deixando ela chorar em seu ombro. — Shiiii... não fique assim, vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, garotinha. — Mas a abelhinha... a abelhinha... ela... — Eduarda soluça sem conseguir falar. — Sua outra mamãe está muito doente, mas a sua a
Paulina sente vontade de chorar, pois ela como psicóloga, custava a ver pessoas com tamanha clareza dos sentimentos e com tanto controle emocional, como Eduarda demonstrava ter, principalmente sendo uma criança. Eduarda se referia ao sonho que teve com uma sensibilidade admirável, e isso a fez ver o quanto a filha era especial. Sandra se derramou em lágrimas e foi preciso Paulina a confortar, para que ela se acalmasse. Mas o desespero de Sandra não desestabilizou Eduarda, que permaneceu firme diante o descontrole da avó, ela apenas segurou a mão do pai e assim ficou até a avó se acalmar. — Eu posso entrar vovó? — Eduarda pergunta ao ver a avó mais calma e Sandra confirma com a cabeça. — Filha, você não é obrigada a entrar... — Erick queria impedir que Eduarda entrasse naquele quarto, mas o olhar de Paulina o fez se calar. — Eu quero entrar, papai, eu não sou mais um bebê — Eduarda abraça o pai, que lhe beija a cabeça — Eu não quero que ela sofra mais — Erick se abaixa e fica na
Sandra ao ver a filha sabe que ela está indo embora, e o desespero se apodera dela que sem conseguir se controlar, repete incansavelmente que a ama, e que ela estaria sempre em seu coração. Sandra chora abraçada a filha, e quanso percebe a dificuldade dela em respirar, aperta a campainha chamando alguém para a socorrer, mesmo sabendo que não havia mais o que fazer. — Te amo filhinha, te amo de todo o meu coração, minha filha. Te amo, te amo, te amo... — Sandra repete essas palavras incansavelmente. — Obrigada... por tudo... mãe. — Essas foram as últimas palavras de Sofia para desespero de Sandra, que vê a filha fechar os olhos. — Ah filhinha... eu te amo tanto, mas tanto! Você irá morar pra sempre em meu coração, filha, pra sempre. Sofia! Sandra chora como se rasgasse a alma e Sofia dá o seu último suspiro tendo a mãe a abraçando e Sandra mesmo sabendo que a filha havia partido, chama por ela em desespero. Paulina ao escurtar os gritos de Sandra entra no quarto as pressas, ju