Paulina ao ouvir o motivo da ligação de Sandra fica apreensiva, com medo de terem revelado a situação de Sofia para Eduarda, tarde demais. — O que está acontecendo? Por que Sandra nos ligou a essa hora? Não vai me dizer que Sofia...— Erick atropela nas palavras, querendo saber o que havia acontecido, ele só conseguia pensar em Eduarda. — Sofia teve o quadro agravado e voltou para a UTI, e Sandra me disse que não sabe se ela vai resistir. — Meu Deus, até morrendo essa mulher nos tira a paz... — Erick, por favor, não diga uma coisa dessa — Paulina recrimina o marido. — Me desculpe, amor, mas confesso que é difícil lidar com toda essa situação. — Eu sei, mas precisamos manter a calma. Eduarda precisa do nosso apoio, pois, independente de qualquer coisa, Sofia é a mãe dela, mesmo que nunca tenha agido como mãe, ela é. — Aquilo ali nunca foi mãe, não é porque está morrendo que eu vou dizer que é santa, nem o meu irmão quando morreu eu disse isso — Erick passa as mãos pelos cabelos
Paulina não sabia se Gonçalo estava falando sério as vezes ela acreditava que Gonçalo fosse capaz de certas atrocidades por acreditar estar fazendo o certo, mas ela nunca soube que ele tivesse feito tal coisa, e mesmo ela acreditando que ele fosse capaz ela duvidava de tal atitude. — Gonçalo, você não teria coragem. — Eu estou brincando, Paulina — Ele acaba rindo — Quando voltar, me avise, vamos reunir os nossos filhos, quem sabe Arthur não seja o futuro marido de Eleonora. — Aceito o convite, mas nem invente de comprometer a sua filha com o meu filho pois, se forem como nós, já sabemos o resultado. — As vezes a minha filha será um pouco diferente de mim, digamos que mais esperta do que eu fui. — Melhor não voltarmos a esse assunto, isso é passado, e desde já obrigada por nos ajudar, só não esquece de me mandar o contato, queremos viajar amanhã bem cedo. — Pode ligar a qualquer hora para o número que eu irei te enviar, avisarei que o jatinho estará a sua disposição. Ao ence
Eduarda senta ao lado da mãe na cama e em seguida se deita com a cabeça em seu colo, isso para receber o carinho que Paulina nunca lhe negava. — Vovó está muito triste, eu sei que está. — Eduarda comenta como se para ela mesma. — Sim, ela está. Filha, a sua avó lhe falava sobre Sofia? — Paulina pergunta com a curiosidade de saber o que Ecuarda sabia sobre a mãe. — Não muito, mas depois de toda a confusão que ela criou ao vir aqui na Itália, vovó deixou de me falar dela . — Sua mãe apesar de tudo, se preocupava em ter alguém para cuidar de você, por isso, não sinta raiva dela. — Eu não sinto mamãe, eu só não gosto dela porque ela não gosta de mim. — Talvez por ela gostar de você é que se mantém distante — Paulina só queria que a filha não nutrisse mágoas ou rancor por alguém. — Como assim mamãe? — Eduarda pergunta por não entender o que a mãe está querendo dizer,. — As vezes quando gostamos muito de alguém e não querer lhes causar nenhum mal, a gente se mantém longe, isso, p
Sandra fica na duvida por não quer dar mais trabalho do que estava dando para o casal, ela não podia ser mais grata à Erick e Paulina, pois em nenhum momento eles a olhavam diferente por ela ser a mãe de Sofia, a mulher que estava colocando a vida deles de pernas para o ar. — Ela quer ficar com vocês, está com saudade e é compreensível — Paulina intervém, por ver o semblante da criança ao ouvir que ela não poderia ir com os pais. — Se não for incomodar vocês depois, a levaremos conosco. — Dê maneira nenhuma, Sandra. Não nos custará nada pegá-la depois. — Eu agradeço a vocês de coração, por tudo o que estão fazendo por mim, e por estarem ajudando Sofia, mesmo sem ela merecer. Sei que vocês serão recompensados um dia, eu provavelmente não conseguirei recompensa-los, mas creio que a recompensa virá lá de cima. — Vamos Sandra, já está ficando tarde — Marcos chama a esposa. — Vá filha, pegar as suas coisas. — Já volto mamãe — Geovanna responde animada — Vem Eduarda me ajudar — As
No meio da noite, Paulina escuta uma batida na porta e se assusta, e ao abrir a porta se depara com Eduarda chorando. Quando Paulina vê a filha chorando daquele jeito, se abaixa e a abraça, a confortando de não se sabe o que. — O que foi, meu amorzinho? Por que está chorando desse jeito? — A abelhinha... mamãe. A abelhinha é a minha outra mamãe, não é? Ela morreu? — Eduarda pergunta entre soluços e Paulina enxuga o seu rosto com carinho, mesmo que ela estivesse com vontade de fazer o mesmo por vê-la naquele estado. — Vem cá, meu amorzinho — Paulina a abraça e a conduz para dentro do quarto em seguida. Ao fechar a porta ela vê Erick acordado, sentado na cama. — Papai... — Eduarda corre até ele e Erick se levanta e a pega no colo, deixando ela chorar em seu ombro. — Shiiii... não fique assim, vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, garotinha. — Mas a abelhinha... a abelhinha... ela... — Eduarda soluça sem conseguir falar. — Sua outra mamãe está muito doente, mas a sua a
Paulina sente vontade de chorar, pois ela como psicóloga, custava a ver pessoas com tamanha clareza dos sentimentos e com tanto controle emocional, como Eduarda demonstrava ter, principalmente sendo uma criança. Eduarda se referia ao sonho que teve com uma sensibilidade admirável, e isso a fez ver o quanto a filha era especial. Sandra se derramou em lágrimas e foi preciso Paulina a confortar, para que ela se acalmasse. Mas o desespero de Sandra não desestabilizou Eduarda, que permaneceu firme diante o descontrole da avó, ela apenas segurou a mão do pai e assim ficou até a avó se acalmar. — Eu posso entrar vovó? — Eduarda pergunta ao ver a avó mais calma e Sandra confirma com a cabeça. — Filha, você não é obrigada a entrar... — Erick queria impedir que Eduarda entrasse naquele quarto, mas o olhar de Paulina o fez se calar. — Eu quero entrar, papai, eu não sou mais um bebê — Eduarda abraça o pai, que lhe beija a cabeça — Eu não quero que ela sofra mais — Erick se abaixa e fica na
Sandra ao ver a filha sabe que ela está indo embora, e o desespero se apodera dela que sem conseguir se controlar, repete incansavelmente que a ama, e que ela estaria sempre em seu coração. Sandra chora abraçada a filha, e quanso percebe a dificuldade dela em respirar, aperta a campainha chamando alguém para a socorrer, mesmo sabendo que não havia mais o que fazer. — Te amo filhinha, te amo de todo o meu coração, minha filha. Te amo, te amo, te amo... — Sandra repete essas palavras incansavelmente. — Obrigada... por tudo... mãe. — Essas foram as últimas palavras de Sofia para desespero de Sandra, que vê a filha fechar os olhos. — Ah filhinha... eu te amo tanto, mas tanto! Você irá morar pra sempre em meu coração, filha, pra sempre. Sofia! Sandra chora como se rasgasse a alma e Sofia dá o seu último suspiro tendo a mãe a abraçando e Sandra mesmo sabendo que a filha havia partido, chama por ela em desespero. Paulina ao escurtar os gritos de Sandra entra no quarto as pressas, ju
Paulina se põe de pé preocupada, mas não passou de um susto, já que ele havia caído e Eduarda pensou que tivesse o machucado por ter caído sobre ele, mas nada lhes aconteceu e logo eles voltam a brincar, mas Erick que estava trabalhando no escritório de casa aparece preocupado, e depous de saber que está tudo bem, ele os leva com ele quando sobe para o quarto. Quando eles sobem, Pauliana aproveita para retomar a conversa com Martina, ela sabia que as vezes um psicólogo também precisava se abrir, caso contrario os sentimentos os sufocavam, e assim Paulina conta com detalhes tudo o que lhes aconteceu, recebendo toda a atenção de Martina. — E foi isso Martina, e ver Eduarda bem é o que mais me deixa feliz. — Ela foi muito corajosa por ver a mãe dela da forma que disse que ela estava, e vocês também foram corajosos por permitirem. — Eu estava com ela, mas fiquei admirada com a forma que ela lidou com toda a situação. Eduarda demonstrou uma força que poucas pessoas tem, você tinha