Ela já se levantava, num pulo. Correu porta afora, como se fugir de mim fosse a única maneira de se salvar. E talvez fosse mesmo. Tentei segui-la, mas não consegui alcançá-la. Gritei seu nome. Nada. Até que ela sumiu.
E pela primeira vez... eu quis chorar.Desci as escadas como um fantasma. As paredes da casa pareciam mais altas, mais frias. Como se tudo tivesse se ampliado para me engolir. A porta ainda balançava levemente, como se zombasse de mim, lembrando que ela passou por ali... e não voltou.Meus pés me arrastaram para fora, o peito pesado, os olhos nublados. Encostei-me à parede, sentindo a ardência subir até a garganta. Queria gritar, esmurrar alguma coisa, me arrancar de mim mesma. Mas tudo que fiz foi sentar no passeio da frente, sentindo a brisa bater no rosto como um tapa. Um castigo merecido.Eu não sabia se ia atrás dela ou se deixava o tempo curar, o