Sua imagem me assola como um fantasma.
Os três meses que seguiram com sua partida foram os piores. A morte de meu pai e sem notícias de Anna contribuíram para eu cair em depressão. Tentei me apegar ao trabalho para espantar minha tristeza, mas isso não adiantou.
Quatro meses depois eu desabei. Além da depressão que já me dominava, eu fiquei seriamente doente. Peguei uma forte pneumonia. Ela sarou, mas meu coração não.
Cinco meses eu estava melhor de saúde, mas ainda quebrado.
Eu precisava reagir.
Um sentimento de revolta começou a crescer dentro de mim, por tudo e por todos. Principalmente por mim, por eu não ter me atentado para o sinal de perigo quando conheci Anna. Ela era diferente. Linda, tentadora e atraente demais para eu ter insistido em tê-la para mim. Deveria ter me atentado as palavras de meu pai que um dia me disse:
“Não se deixe levar pela carne, ela te domina quanto menos você esperar e, então, você se verá preso por ela. E o que está na mente desce para o coração. E se aloja ali e então você estará perdido.