Não quero que você diga para o meu pai que é dono do hotel.
Hassan está lá, lindo como sempre, todo de preto, parado em frente ao meu pequeno portão. Reparo que ele não está sozinho. Vejo o motorista o aguardando no carro.
Nossos olhos se encontram, então ele me dá seu sorriso branco perolado. Eu estico meus lábios e retribuo com um leve sorriso.
Por um momento seus olhos descem pelo meu corpo notando minhas roupas e eu sinto um arrepio na espinha com seu gesto. Ele então tem atitude de abrir o portão e sem esperar que eu vá até ele, vem na minha direção. Seu rosto é enigmático. Seu andar é arrogante, como se fosse dono do mundo.
Eu fecho a porta e com o coração disparado vou ao encontro dele e me anteponho no meio do caminho.
—Bem árabe essa sua atitude, não? —Digo. —Já percebi que não consegue lidar com nãos. Vocês árabe são sempre assim? Vão entrando na casa das pessoas sem serem convidadas?
Reparo nos raios de sol batendo em seus cabelos os deixando mais claros.
Deus! Como ele está especialmente bonito essa manhã.
Hassan respira fundo. E m