Anna

Pó ao pó...eu me lembrei das palavras do padre. Fechei meus olhos e minha dor me levou para o único lugar que eu me sinto fortalecida, segura... Hassan.

Ele está agora me preparando uma bebida. Acabamos de chegar do enterro.

Deus! Foi tão triste. Parece inacreditável que ele se foi. Fecho meus olhos, sentindo como se o mundo estivesse em completo silêncio, apenas o som da minha respiração.

—Beba!

Eu pisco para a realidade e olho o copo com uísque nas mãos de Hassan. Bebo tudo num gole só. Quem sabe eu me sinta anestesiada e sinta menos essa dor que aperta meu peito.

Tusso bastante quando a bebida queima minha garganta.

Hassan tira o copo vazio das minhas mãos e o coloca sobre a mesa de centro.

Meu pai está morto...essa constatação vem em ondas, me inundando, me abalando.

—Vem Anna.

Como uma sonâmbula, saio do sofá e abraçada a Hassan caminho até a cama. Sento-me nela.

Hassan puxa meus sapatos e começa a retirar meu vestido. Como uma criança eu ergo meus braços para facilitar a su