Assim que Ricardo deixa a sala de Carl, Elza mal o vê sair e já entra com uma série de perguntas, impaciente para saber o que foi discutido na reunião. Ricardo, envergonhado e cansado de prestar esclarecimentos, responde com um tom de evasão:
— Eu te conto tudo em casa.
— Em casa, não, Ricardo! Me fale agora! — diz Elza, com irritação crescente.
Ricardo mantém-se firme, quase como uma defesa final contra o controle da mãe:
— Em casa, mãe.
Carl, observando à distância, fica em choque com a postura frágil de Ricardo. O homem que antes se mostrava forte e dominante agora parece mais um garoto perdido, incapaz de enfrentar as consequências de seus próprios atos. A transformação é patética, quase dolorosa. "Como alguém tão arrogante pode ser tão fraco?", Carl se pergunta, sem saber se sentia pena ou desprezo.
Durante o voo de volta, Elza não deixa Ricardo em paz, continuando a repreendê-lo com raiva. Assim que chegam em casa, ela explode em um descontrole total:
— Você me tratou como uma i