A noite caiu pesada sobre a fortaleza, como se até a lua estivesse em luto.
Darius observava a escuridão da sacada da torre, o braço enfaixado, o ombro ainda latejando pela prata que havia rasgado sua carne. Mas o que doía mais… era o medo. Pela primeira vez em anos, ele sentia medo. Não por si, mas por Aurora. Por Caelum.
— Alguém os deixou entrar. — disse ele, com os dentes cerrados. — Isso não foi um ataque qualquer. Eles sabiam onde Caelum estaria. Sabiam que estaríamos longe.
Aurora estava atrás dele, em silêncio. Seus olhos fixos no vazio, mas sua mente… afiada como lâmina.
— Alguém de dentro. — ela completou. — Alguém que conhece a rotina. Os horários. Os pontos cegos.
Ela caminhou até ele, com passos lentos, mas decididos. Colocou a mão no ombro não ferido do companheiro.
— Temos que ser rápidos. Precisos. Se formos duros demais, assustamos os inocentes. Se formos brandos demais… perdemos a chance de cortar o mal pela raiz.
Darius assentiu.
— Morgra já está interrogando os gua