Roberta:
No fim de tudo, voltamos para o escritório e assim que chego, chamo o Ernesto para minha sala.
— O que ela tem? - questiona, olhando a Júlia pelo vidro.
— A gravidez é de risco e, nesse momento, ela precisa de você, mas não do pai extremamente preocupado e chato, ela precisa de um companheiro, de um amigo, alguém que queira e dê amor, que cuide, proteja, mas sem sufocar. Consegue fazer isso?
— Eu faço tudo pela minha família.
— Certo. Vou te dispensar por alguns meses.
— Não, Roberta, eu consigo trabalhar e cuidar deles!
— Não consegue estar inteiramente no trabalho e cuidando dela, então prefiro que cuide dela, pelo menos até ela melhorar um pouco ou até que consiga achar alguém de confiança para cuidar dela.
— Não posso ficar sem dinheiro nesse momento crítico, preciso trabalhar.
— Somos uma família, Ernesto, você não vai ficar sem dinheiro, só confia em mim e faz o que estou pedindo.
— Quem vai te ajudar? Você precisa de um detetive e uma secretária.
— Continuo pensando, m