Vinícius:
Ligação:
— Sou eu, minha gata, você está bem? Tudo bem com você?
— Sim…
— Ele te fez alguma coisa?
— Não. Você disse que iria me proteger.
— Me desculpa — vinha a vontade de chorar, como foi quando a Chayene morreu. Foi tudo culpa minha.
— Você disse que iria me proteger, lembra? — Sua voz é mensa, não parecia me culpar.
— Sim…
— Então?
— Vou precisar fazer coisas que não gosta, sabe disso, não é?
— Faça o que for necessário — dá uma pausa, o que ele pedir, por nós…
— Entendi… pode deixar, o que for necessário por vocês. Te amo.
— Te amo — diz com voz de choro.
— Chega de melação. Sabe o que quero, Vinícius Marinho, te dou 24 horas para me dar todo o galpão onde produz a cocaína.
— Te dou, mas quero saber da minha mulher e do meu bebê, onde vou pegar elas?
— Amanhã cedo, ligo novamente para um número diferente e digo o local onde vai pegar ela.
— Certo. Se encostar um dedo nela, eu juro que nunca vai sofrer tanto quanto na minha mão, ela é tudo para mim e, se tirar meu tudo,