Enquanto o silêncio da noite voltava a se instalar, Stella quebrou o transe com um tom mais suave, quase hesitante:
— Luke, você sempre parece saber o que fazer. Sempre tão... forte. É como se nada te abalasse. — Ela evitou meu olhar, os dedos brincando com uma das bordas da manta. — Mas... isso não pode ser verdade, pode?
As palavras dela me atingiram de forma inesperada. Eu suspirei, desviando o olhar para as chamas que dançavam preguiçosamente.
— Não sou tão forte quanto você pensa, Stella. — Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia, quase um murmúrio.
— Então me diga. — Ela ergueu os olhos para mim, o rosto iluminado pela fogueira. — Sobre seus pais. Sobre o que te trouxe até aqui, liderando essa matilha.
Pela primeira vez em muito tempo, senti o peso de memórias que eu costumava enterrar. Stella esperava pacientemente, e o silêncio dela me forçou a encarar algo que eu sempre preferi evitar.
— Meu pai era um alfa respeitado — comecei, escolhendo as palavras com cu