Maeve podia ouvir o sangue rugindo em suas veias, as batidas de seu coração disparado ressoando em seus ouvidos. Não ouvira a mãe sair do banheiro e foi pega no flagra tentando roubar o grimório ancestral das Morwen.
— Do que você está falando? — perguntou, tentando disfarçar.
— Aonde você ia com meu grimório, Maeve? — Liliana indagou, seca, as mãos apertadas em punho ao lado do corpo.
A jovem olhou para a pasta em suas mãos, se fazendo de desentendida.
— Aonde eu ia? Até a sala. Não sabia que não podia mexer nele. Não é o grimório das Morwen?
Liliana franziu o cenho, desconfiada.
— O que você quer com esse livro? — questionou.
— Pensei que podia ter algo aqui que nos ajudasse — Maeve inventou uma explicação que não estava longe da verdade. — E estou curiosa com a história da família. Qual é o problema, mãe? Tem algo aqui que você não quer que eu veja?
A mãe a analisou, tentando decifrar se Maeve estava mentindo.
— Eu conheço esse livro como a palma da minha mão. Não há nada aí que po