O tempo parecia correr mais rápido do que eu queria. Num piscar de olhos, já estava na sala da obstetra, com tia Cleide e Fernanda ao meu lado, ouvindo sobre o plano de parto, minha filha estava prevista para nascer na próxima semana, mas nada impedia que viesse antes.

Desde então, tia Cleide passou a dormir em casa, dividindo o quarto comigo. Eu não conseguia ficar sozinha, uma carência absurda me consumia nos últimos dias.

Eu queria esperar que minha filha escolhesse seu momento de nascer. Eu tinha medo da cesariana, mas também temia o parto normal e depois de muito conversar, a médica e eu decidimos, se tudo corresse bem, seria normal.

Naquele mesmo dia, Fernanda me entregou uma carta de Eduardo. Eu tinha várias guardadas em uma caixa, mas já não tinha coragem de reler, porque sempre tinha uma crise de choro, que não me fazia bem.

De volta para casa, tentei me acalmar. A bolsa de maternidade já estava pronta, cada peça de roupa cuidadosamente dobrada, tudo organizado para a cheg