Foi um caos.

Por um momento, tudo foi um borrão. Eu corri até Alice, Eduardo também, e as pessoas tentaram ajudar. De algum modo, Alice tinha caído de um dos brinquedos e quebrado o braço. Eu queria ir junto para o hospital, mas Lúcia estava a ponto de me agredir quando soube o que tinha acontecido, e eu também não podia deixar Arthur sozinho por ali.

Eu era a culpada. Meu trabalho era cuidar daquelas crianças, e, em vez disso, estava distraída com outras coisas. Tentando me controlar para não cair em prantos na frente das pessoas e das crianças, levei Arthur para o quarto. Ele estava agitado e chorava, assustado com o que havia acontecido com a irmã.

Abracei Arthur, e ficamos ali enquanto senti minhas lágrimas descerem pelo rosto. Pela primeira vez, cogitei que o melhor a fazer era ir embora.

Lúcia me olhou com fúria, me xingou e mandou que eu ficasse longe da família dela.

No fim, ela estava certa. Se eu estivesse fazendo meu trabalho direito, nada daquilo teria acontecido. Se eu nã