Vitória.
Engoli em seco enquanto meu cérebro tentava formular frases para dar uma resposta à altura, mas ele foi mais rápido quando continuou a falar:
— Caso fique, você poderá continuar cuidando de Allegra — tocou o queixo, analisando-me. — Aliás, o fato de você ser a mãe do meu filho não muda nada. Se você ousar fugir com meu filho, vou te mandar para a cadeia e te fazer pagar pelo que fez com a minha irmã.
— Quantas vezes vou ter que dizer que não roubei nada!
— Tenho provas irrefutáveis! — Ele afirmou. — Enquanto estiver aqui, você não terá acesso a telefones, não sairá deste andar, a não ser que eu autorize.
— E se eu não quiser ficar nesse trabalho?
— Você será dispensada de seus serviços — ele deu de ombros —, mas nenhum juiz permitirá que você fique com Theodoro. — Enfatizou ele, intimidando-me.
Fechei os olhos, aceitando a derrota temporária. Senti meu corpo tremer.
— Eu aceito o trabalho — sussurrei. — Mas um dia, vou provar que não sou uma ladra e que não sou a responsável