Ela me olhou por alguns segundos, e bastou isso pra eu entender que nada do que eu dissesse apagaria o que ela estava sentindo.
Os olhos estavam marejados, o rosto ainda marcado pelas lágrimas, e aquela expressão de dor me atravessou como uma lâmina.
— Alana… — chamei baixo, dando um passo à frente.
Ela virou o rosto, como se minha voz doesse.
— Foi um mal-entendido. — tentei me aproximar mais um pouco. — Não é nada do que parece.
— Ata. — Ela riu, mas foi um riso amargo.
— Ei… — dei outro passo, e ela se sentou na cama, me olhando com uma mistura de raiva e tristeza que me desmontou. — Eu juro que não tem nada entre mim e a Rafaela.
— Vai dizer que a Regina inventou tudo isso? — ela retrucou, os olhos faiscando.
Antes que eu respondesse, uma voz surgiu atrás de mim:
— Eu estou mesmo grávida, Alana. — Rafaela apareceu na porta, e Alana arregalou os olhos. — Mas o pai não é o Leonardo.
— O quê? — a voz dela saiu trêmula.
Rafaela suspirou, visivelmente nervosa. — Meus pais deduziram qu