-Já volto. Se despede alegremente. Sai o que digamos, meio saltitante. Espero que feche a porta e aí sim ponho as mãos a mesa, cruzando os dedos posteriormente.
Nessa altura Gabriela já tinha saído. Só restava nós.
-Uma filha?
-Iara eu posso te explicar.
Arqueio a palma da mão direita.
-Não tem como explicar. Falo dando de ombro. -É um filho Joaquim, isso é algo inexplicável, mais do que um elefante no meio da sala. Não podia ter escondido isso de mim.
-Eu iria te contar. Faltava tão pouco.
-Que horas? Se eu não descobrisse você nunca iria me contar, sabe porque? Porque você é extremamente covarde.
Abaixa o olhar.
-Eu fui mulher suficiente para te contar tudo o que eu passei, para te dar meu coração de bandeja, para deixar você entrar em minha vida, e fazer parte dela. Eu nunca te enganei. Não escondi meus sentimentos por você, e você não foi homem suficiente para dizer que eu estava entrando em um relacionamento que envolvia criança, ainda mais uma criança tão carente como Gabi. Eu n