Ficamos conversando durante o restante do trajeto todo. Satisfação prevaleceu quando soube que vai permanecer no Brasil, pelo menos por alguns meses.
Acabamos de chegar ao hotel. A vejo abraçar o corpo, não quero que fique resfriada. Também pudera, não há nada aí que cubra seu corpo. Decido a guardar ao meu terno. O tiro, seguro pelas lapelas e quando vou colocar se afasta.
-O que foi? Faz beicinho, o mais lindo que já vi. -Não estou com frio.
-Sua roupa está curta.
Respira suave entortando os lábios.
-Tem problema com roupas curtas?
-Nao gosto que as usem.
-Dois trabalhos.
Sai andando a minha frente. Coloco o terno novamente, essa mulher é mais difícil do que eu pensava. Andamos um tanto afastados ao saguão do hotel. Aqui é bem grande, quando vi não reparei mas é bastante luxuoso. Só vejo cara de gente rica.
Subimos no elevador, cada um em seu canto da caixa de metal, absortos em seus próprios pensamentos.
-Porque resolveu me aceitar agora?
Arqueio a expressão sobre sua pergunta de s