Maitê Moreli
Eu olhava pela janela quando vi o carro entrando na garagem. Era estranho… Em alguns dias, eu não queria vê-lo nem pintado de ouro; já em outros, como agora, meu coração se enchia de calor só em saber que ele estava chegando.
Tentei me controlar, manter a postura e esperar que ele subisse até mim. Mas a saudade estava insuportável, e meus pés tomaram a decisão por mim. Desci as escadas às pressas, quase tropeçando, só para ir ao encontro de Hunter.
Assim que entrou em casa, o sorriso ladino se espalhou em seu rosto ao me ver correndo na direção dele.
— Saudades? — ele disse, mal contendo o brilho nos olhos.
— Boa tarde, presunçoso! — retruquei, fingindo frieza.
— Presunçoso, não. Só falei o óbvio. Eu estou morrendo de saudade de você. — Ele se aproximou, roçando os dedos no meu cabelo e prendendo uma mecha atrás da orelha. Sua voz saiu baixa, rouca, como uma carícia. — Louco para beijar sua boca… para me perder nesse cabelo cheiroso… deslizar minha mão pela sua pele e col