Hunter Knoefel
Foi uma das piores noites da minha vida. Mal consegui dormir. Quando o sol surgiu, levantei exausto, tomei um banho rápido e vesti a roupa para ir trabalhar. Eu tinha vontade de ver o meu bebê, de sentir aquele alívio que só ele me trazia, mas não tive coragem. Não queria que meu filho me visse daquele jeito: um homem quebrado, o pai dele chorando como uma criança. O esforço para segurar as lágrimas era tanto que meu nariz ardia de tanto que eu as reprimia.
Saí do quarto de hóspedes decidido a me forçar a pensar em outra coisa, a me afundar no trabalho, mas, ao passar pela porta do nosso quarto, hesitei. Um instinto mais forte do que a razão tomou conta de mim. Segurei a maçaneta, respirei fundo e entrei.
Maitê estava no banheiro. Poucos instantes depois, saiu com o cabelo ainda molhado, gotas escorrendo pelo pescoço, o rosto carregado de tristeza. Ao me ver parado ali, estremeceu assustada.
— O que você quer? — sua voz tremeu, e seus olhos se arregalaram.
Soltei um