Maitê Moreli
Fomos conduzidos até a sala. O ambiente estava carregado, cada olhar pesava, e antes mesmo que pudéssemos sentar, o homem que conheci pelo nome de “Hunter” tomou a palavra com uma voz firme, quase impaciente.
— Não vamos ficar aqui enrolando. — disse, a postura ereta, o olhar fixo em todos ali. — Seremos objetivos: viemos levar May de volta para casa.
Um silêncio pesado pairou no ar até que, o homem que dizia ser meu marido, explodiu em resposta.
— Isso é óbvio! — sua voz soou dura, sarcástica. — É claro que vieram levar a Maitê, minha esposa. Mas é ainda mais óbvio que eu não vou permitir! Antes, vocês terão que dar explicações sólidas e verdadeiras.
— Hunter, deixe o Edward falar — interveio a senhora Rosalie, tentando manter o controle da situação.
Edward ou ‘Hunter”, minha mente dava voltas sem entender, respirou fundo, como se reunisse forças para seu discurso.
— Então, mãe, a senhora sabe que há três meses saí da clínica. Fui para o norte do país, mas logo surgiu um