Hunter Knoefel
Eu arranquei com o carro da porta onde havia deixado Maitê. Assim que virei a primeira esquina, fui obrigado a parar. Minhas mãos tremiam no volante, o coração batia de forma descompassada e, só naquele instante, percebi que estava prendendo a respiração desde que me afastei dela. Soltei o ar de uma vez, quase arfando, como se estivesse me libertando de um nó sufocante no peito.
O maldito… O miserável teve a audácia de usar o meu nome com ela. Como ele pôde dizer a Maitê que se chama Hunter? Meu sangue ferveu. Eu queria matá-lo com as minhas próprias mãos. Se eu tivesse a mesma índole podre dele, já teria encomendado uma bala para a cabeça daquele desgraçado.
E não bastasse isso, ainda teve a crueldade de dizer que o bebê dela morreu… que o nosso filho morreu.
A única pequena vantagem em meio a essa trama sórdida é que eu saber do efeito colateral do remédio que seca o leite: ele afeta diretamente o lóbulo central do cérebro. Isso me deu um ponto de partida. Eu precisav