Maitê Moreli
Enquanto o carro deixava a propriedade, meu olhar se voltou, instintivamente, para a garagem. Foi então que o vi. Hunter. Beijando aquela ruiva falsa, como se nada importasse. Um beijo seco, sem emoção. Mas suficiente para expor o canalha que ele realmente era.
Ao invés de sentir alívio por estar longe de mais um homem desprezível, fui tomada por uma tristeza sufocante. Me senti a pessoa mais miserável do mundo. Era como se tivesse deixado para trás... meu próprio marido. Me culpei por ter acreditado, por ter me apegado a um relacionamento que nunca existiu de verdade. Me iludi com alguém que apenas queria me usar para ferir o irmão.
O tempo todo, vi o olhar de Edward pelo retrovisor, observando minha dor, minhas lágrimas.
Estávamos a caminho do aeroporto de Nova York. Edward não quis arriscar sermos encontrados por Hunter no terminal de New Haven. Viajávamos num carro dw sete lugares, mas apenas duas figuras estranhas nos acompanhavam: um homem de feições duras e uma mul