Waleska Velasco
O quadro da minha mãe era estável, apesar de ela não interagir. Segundo o médico, o motivo estava mais ligado ao emocional. A isquemia que sofreu foi pequena e, com o tratamento adequado, aos poucos ela se recuperaria.
Quem me preocupava mesmo, naquele momento, era Asunta. Atormentada, minha irmã falava sozinha e andava de um lado para o outro. Olhava para mim e chorava copiosamente. A notícia de Rocco ser seu filho, ao invés de melhorar seu humor, parecia apavorá-la. Talvez ele estivesse certo.
Ela o odiava.
Mas o ódio dela não nos atingiria. Íamos ser felizes com ou sem o aval de Asunta. Com minha mãe voltando para casa, eu partiria com Rocco, rumo à felicidade.
(...)
Estávamos indo para casa. Eu fui apenas tomar um banho e voltaria ao hospital depois, já que minha mãe ficaria internada por alguns dias. Quem dirigia era eu, e olhava para o lado: Asunta ainda me assustava, chorando sem parar.
— Irmã, está me assustando! — ela não me olhava nos olhos. — Asunta, o que e