Waleska Velasco
— Eu quero ele fora daqui! — esbravejou Asunta.
— Irmã, eu lhe entendo, mas fui lá porque quis. Sou mais culpada do que o pai. Sei que ele não presta, porém, dessa vez, o senhor Bártolo não teve tanta culpa.
— Waleska, meu pai não tem limites. — despejou sua decepção. Afinal, o senhor Bártolo deveria nos proteger, ele era o nosso pai.
— Eu sei. Mas pensa no sofrimento da mãe. — tentei tocar o coração de Asunta. — Vamos dar essa última chance.
— Tudo bem! — dei-lhe um beijo caloroso na bochecha, uma das poucas vezes que Asunta sorriu sem ser de forma debochada.
Depois de tudo o que passei hoje, necessitava de uma ducha e dormir. Tinha vários questionamentos dentro da minha cabeça, mas não queria pensar agora. Precisava descansar. Entrei no banheiro, me despi e deixei a água descer por um bom tempo. Queria que ela lavasse da minha mente a face de ódio de Philipe, porém era impossível. Talvez o tempo conseguisse curar essas cicatrizes, ou talvez nem ele.
Mesmo após um lon